quinta-feira, outubro 20, 2011

Rock com sotaque violeiro

Gente, o Rubão não tinha o que fazer. E que ótimo! Ocorre que o dito descobre, nas fuçadas de sempre pela NET, este trabalho fantástico, um puta projeto. O Ricardo Vignini e o Zé Hélder são professores de viola caipira e fissurados em Rock'n'Roll. Resultado??? Essa beleza de fusão:





Existem muitas fusões musicais por aí. Não consigo entender que pessoas torçam a cara pra coisas desse tipo. Em se tratando de música pop (não peguei tão pesado com o Maiden, sou fã, posso dizer, hehehe), muita coisa foi inventada nos anos 50, 60, 70 e 80. Chega a ser covardia exigir tais lides dos contemporâneos, o que de forma alguma implica em menosprezo pelos ditos, muito pelo o contrário. Cada qual pode beirar à perfeição no seu cada qual. Muitas cervejas jorraram pelas goelas nos quase sempre acalorados debates (não é mesmo confrades Japa, Vandílson, Rubens, Rômulo, Jory, Jocivan (Mifô) e Jeffu?!). Portanto, nada mais original nestes idos que fazer a miscigenação das invenções, ainda mais trilhando caminhos com expressões musicais tradicionais. Isso orienta, inclusive, os rumos do Arlequim Rock'n'Roll Band há um bom tempo.

Parabéns aos caras pela sacada. Eles gravaram um disco inteiro com clássicos do Rock'n'Roll sob essa égide, o Moda de Rock. Deleitem-se...

sábado, outubro 15, 2011

Chico... 2011



Cinco pras duas da manhã.

Nesses dias, nos últimos 5 anos, por aí, não há nada como escavacar a NET. Já disse isso. Até no Gazeta do Alto Piranhas fora publicado, fato que muito me orgulha. A tal vida na "Aldeia Global" remete-nos a uma busca desenfreada pela tal, MAL ou BEM dita, informação. Como tudo nesta vida de Dio Mio, há que não esquecer-se do MALDITO preço. O preço é deixar o principal fora do resumo. É tanta coisa pra dar conta que por vezes a essência fica por alguma esquina, num bar, enquanto seguimos adiante sem ao menos dar-nos conta.

Ocorre que o Chico Buarque de Holanda lança, depois de 5 anos de espera, dedicados à assuntos libroriuns; lança um novo disco. Não, não dei um "furo" de informação. Desde Julho que está no ar, nas lojas, ou na NET (hehehe... lembrem-se, 24 horas, depois apagar e tal...) e o babaca aqui descobriu agora.

Nota: Pela primeira audição noto que não se trata de mais um disco do cara. Percebi um quase blues, quase samba, quase baião, quase rock... Esse é o Chico. Impossível atirá-lo na masmorra dos estilos, das vertentes. O dito cerra fileiras ao lado de Raul, do Dylan, Do Caetano (e sua troupe tropicalista), de tanta gente...

Paro por aqui por questões etílicas...




terça-feira, outubro 11, 2011

Com a Palavra (II)... Renato Russo

Comparado a muita gente (muitíssima, na verdade) nunca reservei muitas "oiças" ao trabalho do Renato. Sempre achei ter acumulado o suficiente pra discutir sobre ele e a Legião Urbana com amigos/as e colegas. Lembro que o que fiz de grande coisa (pra mim, claro) foi ler um livro, "Renato Russo de A à Z", com opiniões do gajo sobre uma diversidade de assuntos. Sua opinião sobre o disco Atom Heart Mother, do Pink Floyd, o famoso "disco da vaca", em que ele desce a lenha, me foi o bastante pra procurar outra coisa pra fazer. Passado um tempo, mais amadurecido, procurei entender essas e outras opiniões dele. Na realidade, mesmo compreendendo o contexto cultural do movimento Punk, da qual sempre dediquei respeito, no conceito e na forma musical, meio a qual nosso caro Manfredini fora forjado; exigi certo distanciamento intelectual por entender que ele, por questões próprias, iria além deste meio, na filosofia do "além", "mais adiante". Isso se comprova com seus discos em final de vida material. Outros sons, outras nuances e perspectivas.

Passado o tempo, mais "zen" sobre muita coisa, compreendi que fui precoce ao procurar entendê-lo. ELE TINHA COISA MAIS URGENTE PRA FAZER. Tinha um público sedento. O país vivia uma efervescência sócio-cultural e política. Aproveito pra deixar clara minha total discordância com aqueles que dizem que a década de 80 fora perdida. Muito pelo contrário. Foi quente, dinâmica, com reflexos bastante visíveis até hoje. Uns bons e outros ruins, óbvio. Mas voltando ao Renatovisk, ele, sem sombra de dúvidas, foi O POETA de sua geração, talvez por suas tais questões próprias, um cara de destacada formação intelectual em seu meio underground. Mas, creio que, junto ao intelecto e principalmente, sua ENORME SENSIBILIDADE do sentimento jovem. Os sentimentos, as angústias, as penúrias de um grupo social entregue às baratas, ao "que se foda" pelos proprietários do poder, em todos os âmbitos, da família ao Estado, perpassando pela divindade institucionalizada. Pergunte a qualquer jovem que imagina a vida além da Dança da Rã (e suas consequências imediatas da noite...) e verá que a idéia sobre o Renato será essa.

"Chovi no molhado". Seu trabalho fala por si só. Por isso, nada de entrevistas ou falações. Com a goela, passados 15 anos de sua repentina passagem por este plano... Renato Russo:





quarta-feira, outubro 05, 2011

Momento Musical VII


Parabéns ao Nenhum de Nós pelos 25 anos de carreira.

Poderia mandar "Camila, Camila" ou "O Astronauta de Mármore" (versão de "Starman", do David Bowie). Eles foram massacrados pela crítica, ao serem taxados de banda de um hit (ou dois). Sacanagem, OS CARAS TÊM UM MONTE DE COISA BOA. Essa abaixo é uma delas. Tem muitas outras, "Jornais", "Fuga", "Ao meu redor"... um monte. Cresci ouvindo isso.