quarta-feira, julho 23, 2014

Campanhas à moda da casa

Normalmente não sou de entrar no jogo da estrita política denuncista. Apesar de entender - ou achar que entendo - como a comunicação de massa funciona, via de regra, isso descamba em conflitos dignos de torcidas organizadas e seus consequentes "bate e voltas", fulminando em "diálogos" completamente inúteis.

Tenho pena de nós nos próximos meses. Enquanto o "bate e volta" ficará no primeiro plano, debates sobre ações "pra ontem", obras e serviços ficam em segundo. Políticas estruturantes, rumos da economia e dos direitos fundamentais (dois temas que definem meu voto nesta eleição), dentre tantas outras coisas, ficarão, como sempre, em terceiro, quarto, quinto planos. Tudo para prevalecer a secular lógica de uma sociedade de privilégios.

Política é muito mais que denuncismo... e a questão da corrupção, endêmica. O desafio é encará-las (política e corrupção) de frente. A Reforma Política que os movimentos sociais estão discutindo é um ótimo ponto de partida. Para saber mais: http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/.

segunda-feira, julho 21, 2014

¿¿¿ Até quando???

Meu olhar de um aspirante a historiador (aspirante, já que ainda não stricto, como dizem alguns) manda não esquecermos dela, da história. Os palestinos paulatinamente desde a ressaca da segunda metade da década de 1940 perdem casas, terras, comunidade inteiras, em nome de uma reparação a um povo que, inquestionavelmente, sofreu barbáries com o holocausto e que, secularmente, possui relação bastante conflituosa com os ditos palestinos. Não elimino este fator dentre tantos outros. Certamente se trata de uma equação complicadíssima de resolução, ainda mais quando não se interessa em resolvê-la e que aqueles que deveriam usar de convenções mundialmente aceitas para resolver, em nome de escusos motivos geopolíticos e econômicos, utilizam-se da mesma perspectiva unilateral e genocida inspirada no nazifascismo do pré-guerra de 1939: o extermínio étnico.

É aquela onda: Temos um Estado, ao contrário deles. Vamos construindo nas terras deles, cercando, colocando o exército; construindo mais além, cercando, colocando o exército. Eles jogam umas bombas, nós chegamos com nosso poderio mortífero.


A lógica de que o governo de Israel apenas revida um ataque do Hamas*** sem maiores objetivos, destruindo tudo o que vê pela frente com armamento pesado que pouquíssimas nações detêm, dá a entender que aqui no Brasil seria justo e de direito dizimar cidades para acabar com o crime organizado, levando junto todos nós que moramos na vizinhança.

A cena: Um míssil e RIP, Cajazeiras!

Moral da história: "11setembrismo" reload... Bush mais vivo que nunca... Nações Unidas o baralho...

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***  Não, boys and gilrs, não estou defendendo este e suas táticas - aliás, é bom que se diga, Israel, no dia-a-dia, com "aquela onda", mais os incentiva que qualquer outra coisa.